domingo, 31 de julho de 2011

MANTRAS

OM SAHA NAVAVATU

SAHA NAU BHUNAKTU

SAHA VEERYAM KARAVAAVAHAI

TEJAS VINNA VADHEE TAMASTU

MA VIDVISHAAVAHAI

OM SHANTIH SHANTIH SHANTIH



Que a Energia Primordial nos proteja. Que ela nos nutra. Que possamos adquirir a capacidade para estudar e entender as escrituras. Que nosso estudo seja brilhante. Que não nos intimidemos uns com os outros. Que possamos crescer no discernimento. Paz, paz, paz.



ASATO MA SAD GAMAYA

TAMASOMA JYORTI GAMAYA

MRITIORMA AMRITAM GAMAYA

SARVESHAM SVASTI BHAVATU

SARVESHAM SHANTIR BHAVATU

SARVESHAM PURNAM BHAVATU

SARVESHAM MANGALAM BHAVATU

LOKA SAMASTA SUKNO BHAVANTU

OM TRYAMBAKAM YAJAMAHE

SUGANDHIN PUSHTIVARDHANAM

URVARUKAMIVA BANDHANAM

MRITYOR MUKSHYA MAMRITAT

OM SHANTIH SHANTIH SHANTIH



Que a Energia Primordial nos conduza da irrealidade para a realidade, da ignorância para a iluminação, da mortalidade para imortalidade. Que ele traga o bem e a paz para todos. Que todos alcancem a perfeição. Que todos sejam auspiciosos. Que todos estejam livres da infelicidade, das misérias e das doenças. Que todos experimentem a bem-aventurança. Que todos os seres vivam na felicidade. Paz, paz, paz.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

domingo, 27 de março de 2011

RESPIRAÇÃO NAS TRÊS PARTES DOS PULMÕES

O princípio básico da respiração yóguica é aprender como respirar nas três principais partes dos pulmões. Isto é chamado a respiração nas três partes ou a respiração completa (vibhaga pranayama). Os pulmões têm três lóbulos principais: o inferior ou lóbulos abdominais, o médio ou lóbulos intracostais e
o superior ou lóbulos claviculares. Cada um desses lóbulos afeta o fluxo da força prânica vital para uma parte específica do corpo. O ar nos lóbulos inferiores afeta o fluxo do prana para a pélvis, quadris e pernas; a respiração do lóbulo médio afeta toda a parte do tronco do corpo e os órgãos vitais ali alocados; a respiração no lóbulo superior envia para o pescoço, cabeça/ cérebro e os braços. Se nós não respiramos suficientemente nestes três lóbulos, estas partes corporais correspondentes não recebem força vital suficiente para um funcionamento conveniente. Como resultado, muitos problemas associados podem surgir.

É fato que a maioria das pessoas, em condições normais, respira usando apenas um décimo da capacidade pulmonar; usualmente apenas uma pequena porção nos lóbulos inferiores e médios. Raramente o ar chega até os lóbulos superiores, a não ser que se esteja fazendo um forte esforço. A Natureza fez os pulmões em seu tamanho por uma boa razão: para usar! Mas devido às posturas curvadas e ao estresse moderno, às neuroses e outros estados emocionais confusos e turbulentos, a respiração na maioria das pessoas é curta, rápida e superficial.

Por causa da respiração curta e superficial, o corpo precisa respirar rapidamente, de modo a trazer mais oxigênio para manter as células vivas. De um ponto de vista da yoga, isto não é saudável. A respiração saudável é a lenta, profunda e completa, a qual irriga uniformemente todo o corpo (incluindo o cérebro) com ondas suaves de eletricidade cósmica. O ritmo ideal de respiração é: quatro a oito segundos para inspirar nos três lóbulos, prender a respiração por três segundos (para permitir a completa absorção do oxigênio no sangue), permitindo a expiração entre quatro e oito segundos, e pausando entre um e dois segundos antes de inspirar novamente.

Treinando-se a respirar desse modo, mesmo que por três ou cinco minutos, permite trazer mais oxigênio e força vital, e melhor distribuição pelo corpo de uma maneira mais relaxada e branda. Como resultado, o ritmo da respiração e do coração diminuem. Esta é uma das principais razões pela qual os yogis praticam a respiração pranayama – para regular, purificar e diminuir a respiração, de modo a facilitar a prática da meditação profunda. Respirar nesta maneira regular também ajuda, enquanto uma técnica inicial de concentração, a trazer a atenção para dentro, tirando a mente do mundo exterior e dos nossos pensamentos.

Além da respiração profunda, o corpo em si precisa ser forte e flexível de modo a poder sustentar e distribuir a força vital de uma maneira a mais efetiva, especialmente em termos de apoio à meditação.


Respiração Abdominal ou Diafragmática (Adhama)

Chin Mudra



















Abre os lóbulos inferiores do pulmões

Respiração Torácica ou Intercostal (Madhyama)

Chinmaya Mudra



















Abre os lóbulos médios dos pulmões

Respiração Clavicular (Adhya)

Aadi Mudra


















Abre os lóbulos superiores dos pulmões

Respiração Yogue ou Completa

Brahma Mudra




















Abre todo os pulmões
















quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

O Eu como a Suprema Divindade


O sentido do eu não é algo exclusivo da nossa espécie. É comum a todas as criaturas vivas, sendo que cada uma procura expressar e perpetuar a si mesma. Além de toda vida corporificada, o sentido do eu permeia o universo inteiro como o próprio fundamento do Ser, que é a autoexistência. O sentido do eu é a raiz da nossa mente, das emoções e do prana. O Yoga Interior visa nos ajudar a alcançar o Eu Supremo oculto dentro de nós, de modo que possamos passar do nosso ego humano à presença cósmica que é nossa identidade real.

No mundo moderno, a psicologia domina o nosso pensamento e configura a nossa visão da espiritualidade. Passamos a considerar o Atman ou Eu Superior sob a luz psicológica como uma formação das emoções humanas, não como uma realidade cósmica. A psicologia diz respeito principalmente ao eu-ego e a trazê-lo a um estado de harmonia e felicidade. O Yoga, entretanto, almeja ir além do eu-ego até chegar ao Eu que é incondicionado, além do corpo e da mente, transcendendo o nascimento e morte.

A verdadeira espiritualidade é a busca por nossa verdadeira natureza na pura consciência, que é um verdadeiro conhecimento do Eu e realização do Eu, e não apenas a obtenção do equilíbrio dentro do campo do eu pessoal e seus anseios sociais. O real conhecimento do Eu é algo muito maior do que qualquer conhecimento psicológico; é uma consciência universal e cósmica, e não apenas um conhecimento da emoção, da sexualidade e dos nossos traumas pessoais.

Atualmente muitos grupos estão trabalhando para psicologizar a espiritualidade, para torná-la uma forma sutil de terapia psicológica, analisando a raiva, o medo e o desejo como os fatores principais da busca interior. Do lado positivo, esse encontro entre a psicologia e a espiritualidade pode ajudar a espiritualizar a psicologia, levando o Yoga e a meditação a abordagens psicológicas para tratar de distúrbios emocionais, neuroses e traumas. De fato, o Yoga e seu sistema relacionado de medicina ayurvédica pode acrescentar muitos métodos práticos e descobertas profundas a respeito de como lidar com problemas psicológicos, expandindo grandemente nossa variedade de tratamentos e permitindo ao paciente um papel maior na cura de si mesmo.

Contudo, de forma negativa, um enfoque psicológico pode confundir a espiritualidade yogue com meros anseios emocionais humanos. Ele pode reduzir nosso Eu espiritual ou alma aos limites e interesses do ego e da nossa natureza externa como entidade social ou política. No pior dos casos, como se os estados yogues mais elevados da consciência fossem algum distúrbio psicológico ou oculto

Nosso verdadeiro eu não é o Eu psicológico ou ego que deve ser descartado para que aquele possa mostrar o seu brilho. Nosso verdadeiro Eu não é a identidade pessoal dessa encarnação especifica. Ele não é a autotransformação da emoção ou o produto de nossas preferências e aversões. Ele não é nossa identidade mental ou intelectual por meio de opiniões, crenças e preferências de nossos processos de pensamento. Não é nem mesmo nosso eu humano, mas nossa alma eterna, que nos une a todos os seres e todos os mundos.

*Texto extraído do livro YOGA TÂNTRICO INTERIOR do autor David Frawley, Editora Pensamento.