domingo, 27 de março de 2011

RESPIRAÇÃO NAS TRÊS PARTES DOS PULMÕES

O princípio básico da respiração yóguica é aprender como respirar nas três principais partes dos pulmões. Isto é chamado a respiração nas três partes ou a respiração completa (vibhaga pranayama). Os pulmões têm três lóbulos principais: o inferior ou lóbulos abdominais, o médio ou lóbulos intracostais e
o superior ou lóbulos claviculares. Cada um desses lóbulos afeta o fluxo da força prânica vital para uma parte específica do corpo. O ar nos lóbulos inferiores afeta o fluxo do prana para a pélvis, quadris e pernas; a respiração do lóbulo médio afeta toda a parte do tronco do corpo e os órgãos vitais ali alocados; a respiração no lóbulo superior envia para o pescoço, cabeça/ cérebro e os braços. Se nós não respiramos suficientemente nestes três lóbulos, estas partes corporais correspondentes não recebem força vital suficiente para um funcionamento conveniente. Como resultado, muitos problemas associados podem surgir.

É fato que a maioria das pessoas, em condições normais, respira usando apenas um décimo da capacidade pulmonar; usualmente apenas uma pequena porção nos lóbulos inferiores e médios. Raramente o ar chega até os lóbulos superiores, a não ser que se esteja fazendo um forte esforço. A Natureza fez os pulmões em seu tamanho por uma boa razão: para usar! Mas devido às posturas curvadas e ao estresse moderno, às neuroses e outros estados emocionais confusos e turbulentos, a respiração na maioria das pessoas é curta, rápida e superficial.

Por causa da respiração curta e superficial, o corpo precisa respirar rapidamente, de modo a trazer mais oxigênio para manter as células vivas. De um ponto de vista da yoga, isto não é saudável. A respiração saudável é a lenta, profunda e completa, a qual irriga uniformemente todo o corpo (incluindo o cérebro) com ondas suaves de eletricidade cósmica. O ritmo ideal de respiração é: quatro a oito segundos para inspirar nos três lóbulos, prender a respiração por três segundos (para permitir a completa absorção do oxigênio no sangue), permitindo a expiração entre quatro e oito segundos, e pausando entre um e dois segundos antes de inspirar novamente.

Treinando-se a respirar desse modo, mesmo que por três ou cinco minutos, permite trazer mais oxigênio e força vital, e melhor distribuição pelo corpo de uma maneira mais relaxada e branda. Como resultado, o ritmo da respiração e do coração diminuem. Esta é uma das principais razões pela qual os yogis praticam a respiração pranayama – para regular, purificar e diminuir a respiração, de modo a facilitar a prática da meditação profunda. Respirar nesta maneira regular também ajuda, enquanto uma técnica inicial de concentração, a trazer a atenção para dentro, tirando a mente do mundo exterior e dos nossos pensamentos.

Além da respiração profunda, o corpo em si precisa ser forte e flexível de modo a poder sustentar e distribuir a força vital de uma maneira a mais efetiva, especialmente em termos de apoio à meditação.


Respiração Abdominal ou Diafragmática (Adhama)

Chin Mudra



















Abre os lóbulos inferiores do pulmões

Respiração Torácica ou Intercostal (Madhyama)

Chinmaya Mudra



















Abre os lóbulos médios dos pulmões

Respiração Clavicular (Adhya)

Aadi Mudra


















Abre os lóbulos superiores dos pulmões

Respiração Yogue ou Completa

Brahma Mudra




















Abre todo os pulmões